sábado, 12 de novembro de 2016

Quer namorar comigo?


Você gosta de filmes de terror e eu tenho pesadelos com eles. Evito.

Rompi com meu ego depois de 25 anos. Conheço o que sinto, o que não sinto e o que evito, mas permiti você entrar, permiti você estar comigo, permiti seus eixos.
A teimosia é algo que te permeia, não julgo, mas já deixei isso de lado tem algum tempo. Existem 7 bilhões de pessoas no mundo e cada uma carrega uma verdade, pensando assim são 7 bilhões de verdades e a minha é só mais uma. Bobagem.

Outro dia questionei o porque pedir desculpas pra uma pessoa que fui grosseiro, cheguei a conclusão do “QUAL É JOÃO? VOCÊ É SÓ MAIS UM NESSE TODO, ACHA MESMO QUE ALGUÉM LIGA PRO SEU EGO?”
Somos apenas mais um baby, mais um em tudo isso. Quero celebrar bodas de ouro com você, mas só se você estiver feliz. Não se apegue, seja verdadeiro com você, comigo e com você.


Não existem apenas filmes de terror e eu não sou ator deste gênero. Acredite no que sinto por você. 

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Nunca na minha


A vida segue e apresenta incoerências que estapeiam minha cara e não são nada relevantes num contexto maior. Penso em recuar e espero que sua mão esteja junto com a minha.
Quem é peão que assuma sua posição, quem é bispo que assuma sua proteção, quem é cavalo que combata, e quem é de resguardo, que se abrigue.  São reis e rainhas erradas, mas quem é de luta, que lute, vou acompanhar tudo bem de perto e no recuo lutar junto.
Prometo honrar os nomes da resistência e trabalhar na miúda pro meu recuo ser válido. Sim, também é época de recuar.


Eu sou você na luta e você sou eu no recuo. 

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

40 dias


Eu que que sempre fui conivente com o que ouvia, desta vez não vou dizer ok. Não pretendo te abandonar. Não pretendo me deixar sufocar pelos empecilhos da vida e não pretendo te deixar partir entre meus dedos.
Desta vez, vou lutar pelo que sinto.


Pulei seus muros, derrotei seus capangas, matei suas bruxas, exterminei o dragão e rompi seu campo de proteção.
Eu vi seu sorriso. Tirei seus óculos e enxerguei meu reflexo em sua retina.
A batalha foi difícil e acabei dormindo. Você dormiu junto. Acordei pela madrugada e velei seu sono, abri as cortinas e deixei a luz da lua e das estrelas iluminarem seu rosto. Senti sua respiração e beijei delicadamente seu nariz. Deitei ao seu lado e dormi, mas desta vez satisfeito e ciente do que eu tinha feito e de como não deixaria acabar tão fácil.








Desta vez, vou lutar pelo que sinto

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

os melhores dias


Eu sinto seu cheiro
Eu me encanto com seu rosto
Eu agradeço ao universo
Eu pego na sua mão.

Eu sinto seu gosto
Eu tenho vontade
Eu perco meus horários
Eu renuncio meu ego.

Eu transpiro com sua presença
Eu pondero meu discurso
Eu me faço 1 no seu corpo
Eu tenho paciência.

Eu entro em seus olhos
Eu lambo sua pele
Eu juro fidelidade
Eu sinto saudade.

Eu entendo o porque
Eu quero estar com você
Eu fico na linha
Eu esqueço meu sono.

Eu sonho com seu toque
Eu desisto de objetivos
Eu te vejo como razão
Eu já vi meu futuro contigo.


segunda-feira, 10 de outubro de 2016

O príncipe que era um sapo


E se você descobrir meus defeitos?
Que eu falo sempre errado
Que eu dispenso a salada
Que eu chego atrasado.

E se você descobrir meus defeitos?
Que eu falo muito alto
Que eu faço careta
Que eu cutuco o nariz.

E se você descobrir meus defeitos?
Que eu tenho chulé
Que eu detesto física
Que eu torro meu dinheiro.

E se você descobrir meus defeitos?
Que eu acho cinema caro
Que eu sento no chão
Que eu babo dormindo.

E se você descobrir meus defeitos?
Que eu vou te obrigar a sorrir
Que eu sou um palhaço
Que eu fantasio a realidade.





Mas e se eu...e se eu descobrir seus defeitos?


domingo, 25 de setembro de 2016

Toda a festa dança para a estrela indie


Se existe empatia, aqui ela fez seu trabalho.

Após alguns anos te seguindo no twitter, sem ter um porque, a gente se encontrou. Eu estava depressivo, morando temporariamente no apartamento de um amigo. Você estava preocupado, acabava de se mudar pro primeiro andar de uma sala comercial, sua tv era bem grande e por isso você tinha que fechar sempre a janela pra ninguém ver o aparelho, quem sabe poderiam roubar.

Um dia fui ao supermercado comprar angústia. Cruzei contigo no estacionamento, seu cabelo reluzia com o sol das 3 da tarde. Apertei o passo sem falar. Você ficou atônito e me mandou um inbox: “mora aqui no prédio?”.
Foi depois do inbox que você começou a usar o elevador. Apertou por várias vezes o número 2 e quando eu abria a porta, a depressão saia. Só tinha espaço pra uma pessoa.
Por horas divagávamos sobre ideias, situações, livros, música. Encontrávamos um ponto em comum e então cada um jogava o máximo de conteúdo sobre o assunto. Eu repartia meu mundo egoísta com você.
Lembra do gato? Odeio gatos, mas desci até o térreo e sai as 4 da manhã pra pegar um gato perdido que você tinha visto. Ele era arisco como eu, mas o gato você não pegou.


Acostumei a tocar sua campainha e subir correndo. Acostumei a ver o seu usuário de wi-fi CARRETA FURACÃO. Acostumei a ver o sol nascer cortando nossa conversa. Só ainda não acostumei com a falta que sua pele colorida faz. Feliz aniversário.

sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Desculpa pelos palavrões


Não me importo em parecer idiota, grudento ou chato, até porque são definições criadas por erros cometidos em situações passadas. Cada um é um cada qual e nada é generalizado. Te observo a 108 horas, descontando o tempo em que conversamos por aplicativos. A tecnologia já me disse algumas coisas sobre você, talvez fatos que não saberia em poucas horas se nossas vidas fossem “Stranger Things”. Que bom.

Agora eu não consigo dormir, repassei todas as nossas conversas, todos os olhares e as tentativas de te beijar (que não existiram). Disse sim e não pras minhas vontades, mas cansei de tentar ser alguém que não sou. Não sou ansioso e muito menos um player. Eu sou vontade, eu sou fantasia, eu sou ação, se já tenho o não, busco o sim até o fim e a vida é mesma feita de finais.

Se você dormiu ou se não viajou, o medo e a dúvida foram seus companheiros. Eu estou aqui e é compreensiva a mentira inicial, afinal tenho 1,93 de altura, um sorriso largo e uma ironia repleta de frases desconexas, na tentativa de me aproximar posso ter te afastado. Normal.


Minha folga é na terça e o DVD de “Entrevista com o Vampiro” tá na mochila. Tudo bem se você comer porcaria, seu corpo tá bom pro verão. Quero ficar ao seu lado mesmo não gostando de praia. Preto é uma boa cor, principalmente em dupla. 

sexta-feira, 8 de julho de 2016

Rotina para evitar lembranças



Vivo os piores dias tentando me blindar das lembranças. Hoje não sei mais quem sou, só sei que dia após dia luto contra as lembranças.
Um simples bom dia pode me tirar o humor, são nesses singelos gestos que as lembranças mais marcantes se escondem, prontas pra atacar.

Pavor.

Outro dia, tive que desviar da loja de perfumes. Era fato que elas estavam lá, todas com seus olhinhos brilhantes, escondidas em cheiros, sedentas pela minha paz. Mudei o caminho, não passei pela loja.
Teve também aquele almoço que recusei. Eu sei que elas estariam prontas, camufladas entre os sabores, esperando minha primeira garfada. Não... é melhor não.
Evito, dia após dia. O ferimento que uma lembrança faz é aberto e tem aquela dorzinha de tatuagem. Incomodativa, constante, com som,  e que depois inflama, causa febre, dor de cabeça. O pior é que não tem receita médica pra sarar, não tem um: “Ô seu médico, eu tô com um ferimento de lembrança”. Não existe remédio pra essa patologia, depois de feita, a ferida só é curada com o tempo, um bom tempo.




Por isso eu vivo assim, desviando de pessoas, de lojas de perfumes, de lugares e da sua boca.



domingo, 3 de julho de 2016

Repetição maldita


Mais um morreu, e não foi de amor, nem de tédio. Não foi de fome e nem de tanto dançar. Foi de cacos de vidro e de palitos de dente. Corte no pescoço, olhos perfurados, calça e cueca até os joelhos, encontrado jogado e já frio nun banheiro sujo.

Assim acordo quase todos os dias. Mais um morreu. Mais um morreu. Mais um morreu. E eu continuo aqui. Continuo ouvindo piadas, vendo olhares, assistindo absurdos.

Tem dias que preferia estar nesta lista, mas é vida que segue. Vou pegando táxi escondido, andando sempre acompanhado, suando frio quando escuto um comentário, desviando de grupos, de pessoas, evitando ruas com bares, não pegando em sua mão, não beijando e muito menos abraçando.














Será se assim eu vivo ou cometo pequenos suicídios diários?



domingo, 17 de abril de 2016

Tchau querida


Todas as vezes que falarem “pela família”, vamos mandar um shot.


A única forma de acompanhar sua partida era fazendo piada da situação. Nem a racionalidade e o suposto coração gelado capricorniano anestesiaram minha dor. E dói (sem trocadilhos).
Te ver partir dói tanto que até parece um folhetim, “oh querida, eis aqui nossa separação, vais sem minha companhia, flameja meu coração”, e olha que não sou desses que fantasiam a realidade, que forçam choros e declarações, mas... você vai colocar suas malas em um carro, entrar, fechar a porta e me deixar. Vida, devolva minhas fantasias.

Passe protetor solar, dirija com cuidado, tome Sprite num domingo de ressaca, faça suas orações, dirija com cuidado, não esqueça do João.

Califórnia, Paris, Shangai, Cairo, Pequim, Kathmandu. Somos eu e você.  

quinta-feira, 10 de março de 2016

fim do verão

Pois eu falo da sinceridade. Agora o que acontece é algo nada surreal, é fora daqueles adjetivos que ficam bonitos, elegantes.

Eu falo da sinceridade marcada pela dança que nossas bocas fazem, do toque do meu dedo, do seu lábio, do seu cheiro, do meu esquecimento.







1,2,3,4.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

A falsona do rolê





Naqueles dias fazia muito calor, o clubinho era apertado e a única coisa que eu pensava era numa cerveja gelada.
Mal sabia que enquanto ia ao bar, vários olhares cruzavam e criavam histórias onde a minha fidelidade era citada.
Tudo bem enquanto os banheiros estavam limpos. Ao som de guitarras os olhares continuavam e a ingenuidade da diversão me fascinava. Que pena.

5 anos depois carrego a faceta de falsona, aquela que sabia de tudo e protegia algum lado.
Eu só queria diversão e fui julgado por isso. Nunca nem soube o que aconteceu e até hoje você continua com sua desconfiança.

Não sou de desculpas e não me arrependo por não saber de nada. A partir daqui o azar é seu.