domingo, 17 de abril de 2016

Tchau querida


Todas as vezes que falarem “pela família”, vamos mandar um shot.


A única forma de acompanhar sua partida era fazendo piada da situação. Nem a racionalidade e o suposto coração gelado capricorniano anestesiaram minha dor. E dói (sem trocadilhos).
Te ver partir dói tanto que até parece um folhetim, “oh querida, eis aqui nossa separação, vais sem minha companhia, flameja meu coração”, e olha que não sou desses que fantasiam a realidade, que forçam choros e declarações, mas... você vai colocar suas malas em um carro, entrar, fechar a porta e me deixar. Vida, devolva minhas fantasias.

Passe protetor solar, dirija com cuidado, tome Sprite num domingo de ressaca, faça suas orações, dirija com cuidado, não esqueça do João.

Califórnia, Paris, Shangai, Cairo, Pequim, Kathmandu. Somos eu e você.