terça-feira, 30 de março de 2010

.mais um dia.



E pra terminar o dia muito bem eu recebo aquela maldita ligação, aquela que me dá vontade de sair correndo, largar todos os documentos do Word aberto, não fechar as janelas do MSN e perder tudo que passei criando o dia inteiro.
Hey, você, por que denovo? Da ultima vez sai queimado com seu cigarro, sim, eu danço sozinho pra tentar te afastar, sou um playboy? Nops, não é isso que você tá pensando, se soubesse ao mínimo já teria escutado todos os discos do Ladytron.
Ah, mais um dia, mais um dia que meu tesão por você é tão grande que eu não vou na festa da firma, vou falar que tô cansado e que vou pra casa dormir e ler. MENTIRA, eu vou pra casa tomar um banho, colocar aquela cueca que eu paguei 60 conto e gastar mais um pouco de perfume caro. Sim, com você eu gasto, sei que nem vai sentir o cheiro, nem vai dar tempo, quando te vejo a vontade é tão grande que tudo que quero fazer é te abraçar e tirar logo a sua roupa, sem pensar em sentimentos nojentos e melosos.
O suor é o mesmo, o ritmo é o mesmo e a noia continua igual. Fluidos corporais se espalham pela minha barriga, sua saliva no meu pescoço e o cheiro do seu corpo tá na minha mão. Sinto você em cada parte que te toco e já vejo que tudo vai acabar mais uma vez. Banheiro grudento, toalha áspera, roupas pelo chão, sob o criado mudo o canudo que mais uma vez acompanhou.
Enquanto eu vestia minha roupa, senti denovo seu cheiro na minha mão. Ele não saiu com o banho. Meus pensamentos frustrados de mais uma noite de sexo sem sentimento começaram a bater novamente, eu tenho sentimento, o problema é o seu, seu hálito amargo que me envolve e me engana, não, eu, eu gosto de ser enganado. Estúpida ação desencadeada por um telefonema.
Entre a fumaça eu não me entendia e só implorava pelo seu desprezo. Foi tentando jogar que mais uma vez eu me queimei no seu cigarro.



“Playgirl, why are you dancing, when you could be alone.”

terça-feira, 23 de março de 2010

Já, Já, Já


E entre o espelho, a faca, o cartão e a cápsula a minha falta de vergonha estava escondida junto com minha dignidade.
Ok baby, vamos dançar a música mais uma vez, mas, mais uma vez até quando?
Eu descobri que fadas não são boas e que cores em neon são o hype do momento. É meu bem, sou hype, meus amigos são cults e enfim vivo como dona Tati Bernardi odeia e que no fundo eu estava ansioso pra sentir o cheiro de couro e burrice que vem direto da sala ao lado.
Sim sim, sexo é pra fracos, porque não ler um livro e gozar com o cérebro. Uhum, você jura mesmo que leu todos os livros, escutou a todas as musicas e comprou todas as roupas de grife. AMO ver sua cara de espanto e admiração quando eu cuspo todas as minhas mentiras na sua cara. Eu não danço o rebolation só que quero muito uma foda com você bem naquele estilo, saca?
Ah não. Sentimentalismo de esquina da Calógeras? Quando eu passo pela Barão a única coisa que eu penso é como me jogar naquele gramado junto com os “noinhas” ali. A decadência me encanta e o Rivotril já não tá mais fazendo tanto efeito sabia?
Corri de você naquele dia, é; Cruzei toda a Afonso Pena e descobri no meio do caminho que o “dealer” estava mais uma vez prezo, ou seja, no more.

No more baby, no more.

quinta-feira, 11 de março de 2010



Então eu tava lá, na minha, almoçando entre ratos e baratas, um tanto quanto nojento para um restaurante de 8 reais. Não, meu pai não faz almoço em casa, ele se faz, isso sim. Mas enfim, esse post não é sobre minha família, até porque um post só não descreveria a sujeira que é toda essa instituição. Os homens, sim, os homens de família sabe? É sobre isso, aquele cara filho da puta achou que me olhando entre seus óculos eu conseguiria desvendar toda a sua vida, sua esposa estúpida e seu filho mijão. Ah, não me venha com essa de falso moralismo meu senhor, você até pode gozar, mas garanto que quando tira a calça o esperma já escorreu entre suas coxas e o seu cigarro já tá na mão.
Sabe, eu to escrevendo tudo isso pra te ofender, é você mesmo, ofender a você que me compra com amizade barata e apertos de mão. Sim sim, há um burburinho sobre mim, “nossa, como você é bonito, inteligente, cult (enfia o culte naquele lugar)” é...mas e pegar, quem pega? Quem leva pro cinema? Quem anda de mãos dadas? Quem fala com o diler por mim? Que me dá banho quente e quem me proporciona o melhor sexo de todos até todos transarem comigo? VOCÊ? Não, você me dá um abraço e me poe pra dormir como uma presa, só tá esperando eu engordar pra cortar bem cortado e colocar no forno. MUAHAHA, a fada da discórdia me disse que tá tudo em liquidação e que o que era certo não mais existe e a história só termina no final de semana que vem. OK vou te deixar, mas promete pra mim vai, me deixa almoçar sozinho e não me liga no meio da noite tá.







Ratos e baratas ronrronam lá. Muuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu.

quinta-feira, 4 de março de 2010


No meio de ratos estava o vestido.
Foi um casamento rico.foi.
Dor, sangue, ferro.
Lagrimas etéreas, beijos forçados.
Estavam todos lindos, vestidos com vestidos pretos ao som do violino enquanto o barro sujava os sapatos engraxados especialmente para essa situação.

quarta-feira, 3 de março de 2010

danço, danço, danço, danço.


Doces amargos momentos que passei ao seu lado. Tinha até planos. Mas sabe, não eram planos de destruir o mundo ou de encontrar a solução pra todas essas vozes aqui na minha cabeça. Não. Era algo mais simples. Uma casa no campo, um cachorro latindo, algumas contas na caixa de correio e você ao meu lado todos os dias, todas as noites.
Querido de cu é rola. Hum, eu sei que você gosta disso, gosta de tudo que é salgado e maldoso. Queremos o bem tanto um do outro que nos dispensamos, eu te dispensei, mas sabe, foi algo tão simples que na minha vontade eu faria 5 vezes de novo só pra voltar com você 10 vezes.
Não, essa não é uma conta ou uma vontade, na verdade a vontade já até passou sabe. Fica ai mesmo, você me cansava e me agoniava ao mesmo tempo, no tempo em que o mar era verde e seu animo era algo tão essencial pra mim que dava o meu pra você tentando resolver uma situação inútil de uma vida mal amada e mal comida, eu te comia mal.
Lá naquela esquina eu espero alguém que posso me devolver, nem que seja por 20 minutos, um pouco de dignidade. Dignidade com sêmen e suor. Espero algo que vá além daquelas agulhas, daquela bagunça, daquela emoção de ficar sóbrio e lembrar que a sua vida é uma merda mas que amanha vence o prazo do cheque.
É, preciso de ópio, ou de um pouco de calma e paciência pra tentar responder a tudo que me bate e me maltrata tanto, agora que você já se foi (graças a deus ou sei lá o que) eu posso tentar ficar aqui, com minha bandeja de prata e meus vinis quebrados que não tocam no toca disco mas aqui, bem aqui, na minha mente. Ainda bem que foi embora meu bem. Vou viver meu doce amargo momento mais uma vez...e sozinho.



PS: leite quente pra fada do dente