As ruas estavam como sempre estiveram em noites de março.
Nada
incomum na capital do pantanal. Poças eram transformadas em espelhos ao
refletirem as luzes dos postes.
Sinal vermelho no vazio é verde para jovens.
Foi o que aconteceu. Eles só não esperavam por algumas motos
daqueles caras mal pagos, vestidos em uniformes apertados, com seus paus
saltando nas calças.
A sirene anunciava, o carro tinha que encostar.
Eram 4, um deles gritou para saírem do carro, assim foi.
Pediu o RG e constatou o sobrenome passe-livre dos
questionados.
Os caras da lei balançaram suas cabeças. Com as motos no
efeito silencioso, não deixaram nem uma multa.
As portas do carro bateram.
Com sorte.
Por sorte.
Em sorte.