quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Alá a luz(negra?)



Uma luz começa a brilhar. Sabe aquele clichê: “Uma luz no fim do túnel”? é bem isso. As manhas são rápidas, as noites bem curtas, as tardes calorentas. Sinto a massa cinzenta, preciso dela pra trabalhar. Começa a sair fumaça mas dessa vez ela não é prensada no pulmão. Preciso de oxigênio e de amizades boas. Minha arrogância não faz mais sentido e meu olfato pode ser usado pra mais coisas além de tudo. Morrer jovem e permanecer belo? Será? Será que vale a pena tanta coisa desregulada, tanta sujeira, tanta neve?
Você vem com mais um truque, mais uma carta na mão. Há verdades que não devem ser ditas, pensamentos que não precisam fazer o caminho cérebro, nariz, cordas vocais, cavidade bucal, língua, lábios, ouvido, coração, mágoa. Pô me deixa aqui vai, liga um som bem baixinho e me esqueça entre meus livros, sentimentos e sorvete. Se quiser desligar a TV vai ser um favor. Só não conta pra ninguém, afinal eu sou o maioral e não preciso de comentários negativos, ainda mais quando eu to perdido e desta vez sem meu ópio, sem bandeja de prata, canudo e cartão.




Eu via sua sombra no final do corredor e me segurava pra não gritar: FILHO DA PUTA!