quarta-feira, 3 de março de 2010

danço, danço, danço, danço.


Doces amargos momentos que passei ao seu lado. Tinha até planos. Mas sabe, não eram planos de destruir o mundo ou de encontrar a solução pra todas essas vozes aqui na minha cabeça. Não. Era algo mais simples. Uma casa no campo, um cachorro latindo, algumas contas na caixa de correio e você ao meu lado todos os dias, todas as noites.
Querido de cu é rola. Hum, eu sei que você gosta disso, gosta de tudo que é salgado e maldoso. Queremos o bem tanto um do outro que nos dispensamos, eu te dispensei, mas sabe, foi algo tão simples que na minha vontade eu faria 5 vezes de novo só pra voltar com você 10 vezes.
Não, essa não é uma conta ou uma vontade, na verdade a vontade já até passou sabe. Fica ai mesmo, você me cansava e me agoniava ao mesmo tempo, no tempo em que o mar era verde e seu animo era algo tão essencial pra mim que dava o meu pra você tentando resolver uma situação inútil de uma vida mal amada e mal comida, eu te comia mal.
Lá naquela esquina eu espero alguém que posso me devolver, nem que seja por 20 minutos, um pouco de dignidade. Dignidade com sêmen e suor. Espero algo que vá além daquelas agulhas, daquela bagunça, daquela emoção de ficar sóbrio e lembrar que a sua vida é uma merda mas que amanha vence o prazo do cheque.
É, preciso de ópio, ou de um pouco de calma e paciência pra tentar responder a tudo que me bate e me maltrata tanto, agora que você já se foi (graças a deus ou sei lá o que) eu posso tentar ficar aqui, com minha bandeja de prata e meus vinis quebrados que não tocam no toca disco mas aqui, bem aqui, na minha mente. Ainda bem que foi embora meu bem. Vou viver meu doce amargo momento mais uma vez...e sozinho.



PS: leite quente pra fada do dente

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