terça-feira, 16 de dezembro de 2008








SEM IMAGEM, SEM AÇÃO.








Eu juro que tento entender, eu juro. Já te contei coisas que ninguém sabia. Já te disse milhares de vezes o meu sentimento. Já me permiti ver o mundo do seu jeito. Já tentei por vezes mudar varias coisas que te incomodam. Já briguei. Já menti. Já bati. Já chorei.

Não existe recíproca. Nem minha e nem sua. Não existe abandono. Não existe permissão. Não existe tentativa. Não existe sentimento (no real sentido, passando pela amizade). Mas existe você. E é por você, é por você. É por você que eu choro e que eu dou risada. É por você que eu me preocupo mesmo bancando o idiota consolador de magoas passadas. É por você e em você que eu penso na maior parte do meu dia. É você que me faz respirar quando a minha vida não passa de cartão e espelho. É você que me controla. É você que diz não. É você quem me machuca a quase todos os momentos, e é você quem cura os ferimentos. Mas eu não entendo, não entendo sua dor. Não entendo seu desapego. Não entendo seu desprezo. Não entendo sua preocupação. Não entendo suas repentinas mudanças de humor. Não entendo seus desafetos. Não entendo seu nervosismo. E mesmo depois de tudo isso, não entendo a separação.








Não, eu não quero ficar longe de você.

Mas sim, eu devo.

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