sábado, 4 de março de 2017

A inveja


Ela chega assim, bem de fininho, composta em detalhes sem expressão mas com olhar atento. Supre a energia, confronta seu ego, destaca o pior do ser.
Ela está ali, bem na dela, sem gritar ou ao menos falar. Permeia a mente e se joga como um andarilho suicida.
A boca seca transforma a pupila que dilata, os dentes rangem. O amor desaparece e a paixão fica em evidência numa tragicomédia.
Traiçoeira que só, as palavras são estipuladas sem planejamento, batimentos cardíacos acelerados, pretensão além do alcance, a partir daqui o fogo domina a alma que domina o corpo que domina o asco do rancor amargo.







A verdade não existe, os amigos já se foram. Assassinato, roubo, adultério e vingança tomam seu trono perante o eu.



Nenhum comentário: