Ela chega assim, bem de
fininho, composta em detalhes sem expressão mas com olhar atento.
Supre a energia, confronta seu ego, destaca o pior do ser.
Ela está ali, bem na
dela, sem gritar ou ao menos falar. Permeia a mente e se joga como um
andarilho suicida.
A boca seca transforma a pupila que dilata, os dentes rangem. O amor
desaparece e a paixão fica em evidência numa tragicomédia.
Traiçoeira que só, as
palavras são estipuladas sem planejamento, batimentos cardíacos
acelerados, pretensão além do alcance, a partir daqui o fogo
domina a alma que domina o corpo que domina o asco do rancor amargo.
A verdade não existe,
os amigos já se foram. Assassinato, roubo, adultério e vingança
tomam seu trono perante o eu.
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