quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

A espera da carona eu continuo aqui parado. Parado. Parado. Um carro passa, mas eu nem olho. Meus pensamentos não estão mais aqui. Vejo a poça de lama. Lama. Areia ou terra e água. Um dia essa água era pura. Era. Então veio uma terra e a tornou lama. Lembro da sua lama. A lama de seus pensamentos tolos. Você estava errado por me pedir pra ficar. Lá dentro do seu intimo, sei que era só desculpa. Você nunca foi de outro jeito. Eu sim. Fui de um jeito que eu não me lembro mais. Cheguei meio que de repente e já fui ficando. Você com essa cara de carente foi me acolhendo. Eu como um perfeito acomodado fiquei. Fiquei e fui ficando. Eu lembro quando você disse que não era como eu pensava. Eu lembro quando eu disse que não era como você pensava. Mas você disse não. Eu disse sim. O sim foi o não. O não foi o sim. Papeis trocado varias vezes. Varias vezes.
Já são 2 e meia da manhã.Acho que hoje não vai acontecer nada. Preciso pagar minha NET. Pagar a fatura do cartão. Pagar a conta de luz. A conta de água. A conta do supermercado. Não agüento mais isso. Esse trabalho me desgasta. Parece que está vindo alguém. E ai cara. 50 reais e sou só ativo. Não chupo. Não beijo na boca. Ta afim? Minha barriga? Dá uma olhada. Gostou né? Hehe. Vamos lá então. Motel.